A 2a tentativa de procurar ajuda

Minha mãe me levou numa psicóloga conveniada com a empresa onde meu pai trabalhava. Não estava muito a fim de me expor novamente mas era melhor ir nessa psicóloga do que ir numa do SUS, então fomos.
Fui atendido por uma psicóloga mas não sei  se ela já era formada ou estagiária, sei que pediu para contar o que estava acontecendo comigo e eu começei a contar. Logo no começo, no relato do meu 1o ritual fui interrompido por uma risada da psicóloga. Ela não se conteve e achou graças das coisas esquisitas que eu fazia. Fiquei constrangido com a situação e minha mãe já fechou a cara. A psicóloga então me levou para um colega, mais velho que ela, e disse que tinha um caso interessante para ele e pediu para eu relatar novamente o que eu fazia.
Contei novamente com muito mais dificuldade que antes mas esse médico se mostrou um pouco mais ponderado que sua colega e não fez comentário algum, apenas ouviu.
Fomos para a sala da psicóloga e ela marcou com a minha mãe um retorno para tratar do meu problema mas minha mãe não se segurou e sentou o sarrafo nela em relação a ela ter achado graça dos meus rituais.
"Mexa com a galinha mas não com os pintinhos dela". Esse sempre foi o lema da minha mãe e mais uma vez voltei para casa arrasado, mais certo de que o que eu tinha era somente eu no mundo e que não havia cura e decidido a nunca mais contar a ninguém o que eu passava.
Passei por muitos momentos ruins, alguns péssimos, outros horríveis mas graças a Deus nunca caí e sempre procurei manter o bom-humor.
Passei muito tempo escondendo meu TOC das pessoas, tendo vergonha dele, perdi horas da minha vida com os rituais, sofri e lutei muito com o TOC.
Depois de anos procurei ajuda novamente e dessa vez com a pessoa certa.